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Protocolos de Intervenção, o que são?

Este guia foi elaborado para auxiliar na compreensão e na tradução dos dados de avaliação da Kinology para uma intervenção básica, com base nos indicadores de risco.

⚠️ AVISO IMPORTANTE: Este conteúdo é um material de apoio e não substitui, em hipótese alguma, a sua avaliação clínica. Antes de prescrever qualquer exercício, analise o histórico do paciente, as queixas de dor e a condição geral de saúde. O dinamômetro é uma ferramenta para complementar sua expertise, não para substituí-la.

O que os Indicadores de Risco (Vermelho) Sugerem? Quando um grupo muscular aparece com risco vermelho, o dinamômetro está apontando uma fraqueza significativa ou uma assimetria preocupante. A situação de risco de lesão é sempre uma miscelânea de fatores diretos e indiretos. O que o dinamômetro está te dizendo, em termos básicos, é: "Aqui, há um desequilíbrio que pode aumentar a chance de lesão. Investigue e atue sobre isso."

Considerações Importantes na Intervenção: Lidando com Dificuldade e Dor

A resposta do paciente ao exercício é o principal termômetro para a segurança e eficácia do protocolo. Se o cliente apresentar dor ou dificuldade em realizar um movimento, é sua responsabilidade agir de imediato. Use a avaliação do dinamômetro como um ponto de partida, mas a sensibilidade clínica é insubstituível.

Em caso de dor ou dificuldade:

  • Suspender: Se a dor for aguda, pontual e impedir o movimento, suspenda o exercício imediatamente. A prioridade é a segurança do paciente. Retome a avaliação clínica para entender a origem da dor antes de tentar um novo movimento.
  • Minimizar: Se a dificuldade for de execução ou a dor for leve e difusa (sinal de cansaço muscular, por exemplo), minimize a intensidade. Reduza a carga (use uma faixa elástica mais leve), diminua a amplitude de movimento ou ajuste a postura para aliviar a tensão. O objetivo é manter o estímulo sem causar desconforto ou risco.
  • Mudar: Se a dor persistir mesmo com a carga minimizada, mude a abordagem. Utilize o Modo Funcional para testar um movimento funcionalmente similar ou com menor sobrecarga na articulação, focando na reeducação do padrão de movimento. Muitas vezes, um exercício com o próprio peso corporal ou uma carga muito leve já é suficiente para iniciar a recuperação.

Integrando a Avaliação Clínica na Intervenção

O resultado do dinamômetro é um ponto de partida para a sua análise. No entanto, o protocolo de intervenção só se torna eficaz quando você o complementa com a sua avaliação clínica, que adiciona contexto, dor e percepção de qualidade de vida à equação.

Como as respostas da sua avaliação complementam a intervenção:

  • Anamnese: O dado do dinamômetro (o quê) ganha contexto (porquê).
    • Exemplo: O laudo indica "Risco na Flexão de Joelho". Na anamnese, o paciente relata um histórico de distensão nos isquiotibiais. A intervenção (fortalecer os isquiotibiais) é a mesma, mas a anamnese direciona a um protocolo mais cauteloso ou de reabilitação.
  • Mapa da Dor: A dor do paciente se conecta com o desequilíbrio muscular.
    • Exemplo: O laudo aponta "Risco na Abdução de Quadril", e o paciente assinala dor no joelho no mapa. A intervenção (fortalecer os glúteos) é a correta, mas a dor confirma que a fraqueza do quadril pode ser a causa da dor no joelho, elevando a prioridade do exercício.
  • SF-36 (ou questionário de qualidade de vida): A percepção do paciente é integrada ao dado objetivo.
    • Exemplo: O laudo mostra "Risco na Flexão de Punho". No SF-36, o paciente pontua baixo em "dor corporal" e "funcionalidade". Isso mostra que mesmo uma fraqueza localizada está gerando um grande impacto em sua qualidade de vida, justificando uma intervenção mais intensiva.
  • Anotações de Evolução: As anotações confirmam a eficácia da intervenção e a evolução do paciente.
    • Exemplo: O laudo de reavaliação mostra uma melhoria significativa no "Risco de Lesão na Extensão de Joelho". As suas anotações podem confirmar que o Agachamento Isométrico foi o exercício que o paciente mais evoluiu, reforçando a validade do protocolo.

Abordagens de Intervenção e o Modo Funcional Kinology

A seguir, veja alguns exemplos de abordagens que podem ser exploradas para cada caso. Lembre-se de sempre enfatizar treinos sensório-motores para reeducar o movimento e criar uma base funcional sólida. Para isso, o Modo Funcional da Kinology é o seu maior aliado.

O Modo Funcional da Kinology: O nosso modo funcional permite medir a força em movimentos dinâmicos, capturando dados como pico de força e trabalho total. Essa funcionalidade é ideal para avaliar a evolução de um protocolo sensório-motor, pois você pode quantificar a melhoria em movimentos específicos e em ambientes desafiadores, com ou sem a carga (com a carga do paciente). Saiba mais sobre o Modo Funcional aqui: https://base.materials2.kinology.com.br/como-utilizar-o-modo-funcional

Exemplos de Abordagem para os Indicadores de Risco (Vermelho):

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  1. Risco de Lesão na Extensão de Joelho Identificado por: Fraqueza no quadríceps. O que Fazer: Fortalecer o quadríceps para estabilidade do joelho. Possibilidade de Intervenção: Foco em exercícios isométricos, como o Agachamento Isométrico, e use o Modo Funcional para monitorar a força em um agachamento com elástico, controlando o pico de força e a zona alvo.

  2. Risco de Lesão na Flexão de Joelho Identificado por: Fraqueza nos isquiotibiais. O que Fazer: Fortalecer os isquiotibiais para prevenir distensões. Possibilidade de Intervenção: Foco na Flexão de Joelho na Cadeira e use o Modo Funcional para avaliar a força durante a flexão de joelho com faixa elástica, quantificando o ganho de força durante o movimento.

  3. Risco de Lesão na Abdução de Quadril Identificado por: Fraqueza nos glúteos médio e mínimo. O que Fazer: Fortalecer esses músculos para estabilidade do quadril. Possibilidade de Intervenção: Abdução de Quadril com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para acompanhar a estabilidade e a força em movimentos laterais, como um caminhar lateral com elástico, medindo o trabalho total.

  4. Risco de Lesão na Adução de Quadril Identificado por: Fraqueza nos adutores. O que Fazer: Fortalecer os adutores para prevenir lesões na virilha. Possibilidade de Intervenção: Adução de Quadril Isométrica e use o Modo Funcional para medir a força em um movimento de adução dinâmico, como a compressão de uma bola ou mola, controlando a zona alvo.

  5. Risco de Lesão na Extensão de Quadril Identificado por: Fraqueza nos glúteos e isquiotibiais. O que Fazer: Fortalecer essa cadeia para melhorar a estabilidade e a propulsão. Possibilidade de Intervenção: Elevação de Quadril e use o Modo Funcional para monitorar a força em um movimento de extensão de quadril em pé com elástico, ideal para quantificar a propulsão.

  6. Risco de Lesão na Flexão de Quadril Identificado por: Fraqueza nos flexores do quadril. O que Fazer: Fortalecer os flexores para estabilidade da pelve. Possibilidade de Intervenção: Flexão de Quadril com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para medir a força e a progressão em um exercício de elevação de joelho, garantindo a segurança e o controle do movimento.

  7. Risco de Lesão na Rotação Externa de Quadril Identificado por: Fraqueza nos rotadores externos do quadril. O que Fazer: Fortalecer para estabilidade e prevenir dores no joelho. Possibilidade de Intervenção: Rotação Externa de Quadril (concha) e use o Modo Funcional para avaliar a força em rotações em pé com elástico, ajustando o treino para a zona alvo ideal.

  8. Risco de Lesão na Rotação Interna de Quadril Identificado por: Fraqueza nos rotadores internos do quadril. O que Fazer: Fortalecer para equilibrar a articulação. Possibilidade de Intervenção: Rotação Interna de Quadril e use o Modo Funcional para quantificar a força em um movimento de rotação interna com faixa elástica, garantindo um treino seguro e progressivo.

  9. Risco de Lesão na Flexão Plantar Identificado por: Fraqueza nos gastrocnêmios e sóleo. O que Fazer: Fortalecer a panturrilha para a marcha e a corrida. Possibilidade de Intervenção: Elevação de Calcanhar e use o Modo Funcional para medir o pico de força e o trabalho total durante a elevação de calcanhar com faixa elástica, simulando a fase de propulsão da corrida.

  10. Risco de Lesão na Dorsiflexão Identificado por: Fraqueza no tibial anterior. O que Fazer: Fortalecer o tibial anterior para prevenir canelite. Possibilidade de Intervenção: Dorsiflexão com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para medir o controle e a força no movimento de dorsiflexão, garantindo um treino preciso para o tibial anterior.

  11. Risco de Lesão na Eversão do Tornozelo Identificado por: Fraqueza nos fibulares. O que Fazer: Fortalecer os fibulares para estabilizar o tornozelo. Possibilidade de Intervenção: Eversão com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para avaliar a força e a progressão no movimento de eversão, essencial para a estabilidade lateral do tornozelo.

  12. Risco de Lesão na Inversão do Tornozelo Identificado por: Fraqueza no tibial posterior. O que Fazer: Fortalecer o tibial posterior para estabilizar o tornozelo. Possibilidade de Intervenção: Inversão com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para monitorar a força do tibial posterior durante o movimento de inversão, garantindo um treino seguro e eficaz.

Membros Superiores

13. Risco de Lesão na Flexão de Ombro Identificado por: Fraqueza no deltoide anterior. O que Fazer: Fortalecer o deltoide anterior. Possibilidade de Intervenção: Elevação Frontal com Halter ou Faixa e use o Modo Funcional para medir a força em um movimento de flexão do ombro contra a resistência de um elástico, ideal para reabilitação.

14. Risco de Lesão na Extensão de Ombro Identificado por: Fraqueza no grande dorsal e tríceps. O que Fazer: Fortalecer a cadeia posterior para equilíbrio. Possibilidade de Intervenção: Puxada Alta (lat pull down) com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para quantificar a força e o trabalho total durante o movimento de extensão do ombro.

15. Risco de Lesão na Abdução de Ombro Identificado por: Fraqueza no deltoide médio e supraespinal. O que Fazer: Fortalecer para estabilidade do ombro. Possibilidade de Intervenção: Elevação Lateral com Halter ou Faixa e use o Modo Funcional para acompanhar a força e a progressão em um movimento de abdução com faixa, ajustando a carga de forma personalizada.

16. Risco de Lesão na Adução de Ombro Identificado por: Fraqueza no peitoral e grande dorsal. O que Fazer: Fortalecer os adutores para prevenção de lesões. Possibilidade de Intervenção: Crucifixo com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para medir a força e o trabalho total em um exercício de adução com elástico na polia, garantindo um treino preciso.

17. Risco de Lesão na Rotação Externa de Ombro Identificado por: Fraqueza no infraespinal e redondo menor. O que Fazer: Fortalecer para estabilizar o manguito rotador. Possibilidade de Intervenção: Rotação Externa com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para monitorar a força do manguito rotador durante a rotação externa, evitando sobrecargas.

18. Risco de Lesão na Rotação Interna de Ombro Identificado por: Fraqueza no subescapular. O que Fazer: Fortalecer para o equilíbrio do manguito rotador. Possibilidade de Intervenção: Rotação Interna com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para medir a força e a progressão em um movimento de rotação interna, essencial para o equilíbrio do ombro.

19. Risco de Lesão na Flexão de Cotovelo Identificado por: Fraqueza no bíceps. O que Fazer: Fortalecer o bíceps. Possibilidade de Intervenção: Rosca Direta com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para monitorar a força durante a flexão do cotovelo, ajustando a zona alvo para um treino seguro e eficaz.

20. Risco de Lesão na Extensão de Cotovelo Identificado por: Fraqueza no tríceps. O que Fazer: Fortalecer o tríceps. Possibilidade de Intervenção: Tríceps Pulley com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para quantificar a força e o trabalho total durante a extensão do cotovelo, ideal para reabilitação.

21. Risco de Lesão na Flexão de Punho Identificado por: Fraqueza nos flexores do punho. O que Fazer: Fortalecer os flexores para estabilidade. Possibilidade de Intervenção: Flexão de Punho com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para avaliar a força dos flexores do punho durante o movimento, garantindo um treino preciso.

22. Risco de Lesão na Extensão de Punho Identificado por: Fraqueza nos extensores do punho. O que Fazer: Fortalecer os extensores para estabilidade. Possibilidade de Intervenção: Extensão de Punho com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para medir a força e a progressão em um movimento de extensão do punho, evitando a sobrecarga.

23. Risco de Lesão na Desvio Radial Identificado por: Fraqueza nos músculos laterais do punho. O que Fazer: Fortalecer para estabilizar o punho. Possibilidade de Intervenção: Desvio Radial com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para monitorar a força durante o desvio radial, essencial para a estabilidade do punho.

24. Risco de Lesão na Desvio Ulnar Identificado por: Fraqueza nos músculos mediais do punho. O que Fazer: Fortalecer para estabilizar o punho. Possibilidade de Intervenção: Desvio Ulnar com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para quantificar a força durante o desvio ulnar, garantindo um treino seguro.

25. Risco de Lesão na Supinação do Antebraço Identificado por: Fraqueza nos supinadores. O que Fazer: Fortalecer os supinadores. Possibilidade de Intervenção: Supinação de Antebraço com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para avaliar a força e o progresso durante o movimento de supinação, ideal para reabilitação.

26. Risco de Lesão na Pronação do Antebraço Identificado por: Fraqueza nos pronadores. O que Fazer: Fortalecer os pronadores. Possibilidade de Intervenção: Pronação de Antebraço com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para medir a força e a progressão durante o movimento de pronação.

27. Risco de Lesão na Preensão Palmar Identificado por: Fraqueza na musculatura da mão. O que Fazer: Fortalecer a preensão para melhor desempenho em diversas atividades. Possibilidade de Intervenção: Aperto de Bola ou Molas e use o Modo Funcional para quantificar a força de preensão em um movimento dinâmico, monitorando o pico de força.

Tronco e Pescoço

28. Risco de Lesão na Flexão Lateral de Tronco Identificado por: Fraqueza nos oblíquos e quadrado lombar. O que Fazer: Fortalecer a estabilidade lateral do tronco. Possibilidade de Intervenção: Flexão Lateral com Dinamômetro e use o Modo Funcional para monitorar a força em um movimento de flexão lateral com faixa elástica, garantindo um treino seguro e progressivo.

29. Risco de Lesão na Rotação do Tronco Identificado por: Fraqueza nos oblíquos e rotadores da coluna. O que Fazer: Fortalecer o core para rotações eficientes. Possibilidade de Intervenção: Rotação de Tronco com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para avaliar a força em um movimento de rotação, ideal para atletas e pacientes em reabilitação.

30. Risco de Lesão na Extensão do Tronco Identificado por: Fraqueza na musculatura lombar e paravertebral. O que Fazer: Fortalecer a lombar para prevenir dores e lesões. Possibilidade de Intervenção: Prancha com Extensão Lombar e use o Modo Funcional para medir a força em um movimento de extensão do tronco com faixa elástica.

31. Risco de Lesão na Flexão do Pescoço Identificado por: Fraqueza nos flexores do pescoço. O que Fazer: Fortalecer o pescoço para prevenir dores e tensão. Possibilidade de Intervenção: Flexão de Pescoço com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para quantificar a força e o controle durante a flexão do pescoço, ajustando o treino de forma personalizada.

32. Risco de Lesão na Extensão do Pescoço Identificado por: Fraqueza nos extensores do pescoço. O que Fazer: Fortalecer para estabilidade e postura. Possibilidade de Intervenção: Extensão de Pescoço com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para monitorar a força e o progresso durante a extensão do pescoço, garantindo um treino seguro.

33. Risco de Lesão na Rotação do Pescoço Identificado por: Fraqueza nos rotadores do pescoço. O que Fazer: Fortalecer para melhorar a amplitude de movimento. Possibilidade de Intervenção: Rotação de Pescoço com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para avaliar a força e o controle durante a rotação do pescoço, evitando sobrecargas.

34. Risco de Lesão na Flexão Lateral do Pescoço Identificado por: Fraqueza nos flexores laterais do pescoço. O que Fazer: Fortalecer para estabilidade e postura. Possibilidade de Intervenção: Flexão Lateral de Pescoço com Faixa Elástica e use o Modo Funcional para medir a força e o trabalho total durante a flexão lateral, ideal para reabilitação.

Conclusão Lembre-se: o dinamômetro aponta a "bandeira vermelha", e você, como especialista, decide o melhor caminho a seguir. Use esses exemplos como ponto de partida para sua análise e adapte-os à realidade de cada paciente.