O que são os novos desequilíbrios musculares?

Ganhamos mais uma camada de análise de desequilíbrio ipsilateral!

Você já conhece o nosso Índice I/Q, sendo um indicador da relação entre a força dos músculos extensores e flexores do joelho. Um índice entre 50% e 60% é considerado ideal, indicando equilíbrio muscular. Valores significativamente acima ou abaixo dessa faixa indicam um desequilíbrio que pode predispor o paciente a lesões no joelho. Ao conduzir o exame de extensão e flexão do joelho, os dados da relação I/Q são automaticamente registrados no Relatório de Desequilíbrios, assim como os demais desequilíbrios entre músculos agonistas e antagonistas.

Além do I/Q, agora também podemos avaliar outras articulações com base em razões consideradas ideais, oferecendo uma análise mais abrangente da condição muscular do paciente, tendo uma visão mais completa do corpo inteiro.

Por meio das avaliações de força, agora também é possível avaliar o desequilíbrio entre músculos agonistas e antagonistas de várias articulações, como ombro, cotovelo, punho, cervical, quadril e tornozelo. Assim como assimetrias, você pode acompanhar essas relações de desequilíbrio ao longo das avaliações para cada paciente.

Os resultados são contabilizados a partir das últimas execuções dos lados direito e esquerdo, realizadas no mesmo dia. Para garantir a confiabilidade, execuções feitas em dias diferentes não serão consideradas. Caso haja mais de uma execução no mesmo dia, será utilizada a última. Utilizamos uma margem de 10% para mais ou para menos em relação à razão esperada. Valores fora dessa margem indicam um desvio, que pode ser sinal de um desequilíbrio significativo entre os músculos.

Saiba mais abaixo:

Ombro

  • Extensão/Flexão: Ideal: 50% (40% a 60%)
  • Abdução/Adução: Ideal: 70% (60% a 80%)
  • Rotação Interna/Rotação Externa: Ideal: 50% (40% a 60%)

Exemplo de Ombro:

  • Abaixo de 40% Rotação Interna/Rotação Externa: Rotadores internos estão mais fracos em comparação aos rotadores externos.
    • Problema: Um desequilíbrio desse tipo pode indicar maior risco de lesões no manguito rotador.
    • Exemplo: Um atleta de natação com fraqueza nos músculos extensores pode sentir dor ao executar movimentos repetitivos, como a braçada no nado, predispondo-o a lesões por esforço repetitivo.

Cotovelo

  • Extensão/Flexão: Ideal: 70%
  • Pronação/Supinação: Ideal: 50%

Exemplo de Cotovelo:

  • Abaixo de 60% na Extensão/Flexão: Extensores do cotovelo mais fracos em comparação aos flexores.
    • Problema: Isso pode aumentar o risco de lesões em esportes de arremesso ou levantamento de peso.
    • Exemplo: Um jogador de tênis que apresenta dor na parte interna do cotovelo pode ter flexores do cotovelo enfraquecidos em comparação aos extensores, resultando em epicondilite medial, conhecida como "cotovelo de tenista".

Punho

  • Extensão/Flexão: Ideal: 50%

Exemplo de Punho:

  • Abaixo de 40% na Extensão/Flexão: Músculos extensores fracos em relação aos flexores.
    • Problema: Um desequilíbrio desse tipo pode prejudicar a função de preensão e aumentar o risco de lesões como tendinites.
    • Exemplo: Um trabalhador que utiliza ferramentas manuais pesadas pode desenvolver uma fraqueza nos extensores do punho, o que pode causar dor e dificultar o trabalho diário.

Cervical

  • Extensão/Flexão: Ideal: 50%

Exemplo de Cervical:

  • Acima de 60% na Extensão/Flexão: Extensores mais fortes que flexores.
    • Problema: Pode indicar sobrecarga nos músculos do pescoço, contribuindo para dores cervicais e dores de cabeça tensionais.
    • Exemplo: Um paciente com má postura em frente ao computador por longos períodos pode ter extensores cervicais mais fortes, o que pode resultar em rigidez e dor crônica no pescoço.

Quadril

  • Extensão/Flexão: Ideal: 70%
  • Abdução/Adução: Ideal: 100%

Exemplo de Quadril:

  • Abaixo de 90% na Abdução/Adução: Músculos abdutores fracos em relação aos adutores.
    • Problema: Pode levar a instabilidade na marcha e aumento do risco de quedas, especialmente em idosos.
    • Exemplo: Um paciente idoso que apresenta dificuldade para caminhar ou se manter em equilíbrio pode ter abdutores fracos, o que afeta sua estabilidade e aumenta o risco de quedas.

Joelho

  • Extensão/Flexão: Ideal: 60%

Exemplo de Joelho:

Abaixo de 50%: Isquiotibiais Fracos em Relação aos Quadríceps

Problema: Os isquiotibiais estão consideravelmente enfraquecidos em comparação com os quadríceps, indicando um desequilíbrio muscular que aumenta o risco de lesões nos músculos posteriores da coxa e problemas no joelho.

Exemplo de Caso: Um corredor que frequentemente experimenta desconforto na parte posterior da coxa durante corridas longas pode apresentar uma relação I/Q abaixo de 50%. Isso pode ser resultado de treinamento inadequado que favorece os quadríceps em detrimento dos isquiotibiais, tornando-o mais suscetível a lesões, principalmente no ligamento cruzado anterior (LCA).

Acima de 70%: Isquiotibiais Fortes em Relação aos Quadríceps

Problema: Os isquiotibiais são consideravelmente mais fortes do que os quadríceps, criando um desequilíbrio que pode afetar negativamente o movimento e o desempenho, especialmente em atividades que demandam forte contribuição dos quadríceps.

Exemplo de Caso: Um ciclista com uma relação I/Q de 80% pode enfrentar dificuldades ao subir colinas, pois seus isquiotibiais são excessivamente fortes em relação aos quadríceps, tornando a extensão do joelho durante a pedalada mais desafiadora.

Tornozelo

  • Inversão/Eversão: Ideal: 80%
  • Dorsiflexão/Flexão Plantar: Ideal: 85%

Exemplo de Tornozelo:

  • Abaixo de 70% na Inversão/Eversão: Fraqueza nos músculos eversores em comparação aos inversores.
    • Problema: Esse desequilíbrio pode predispor o paciente a entorses de tornozelo e outras lesões relacionadas à instabilidade articular.
    • Exemplo: Um jogador de basquete que frequentemente torce o tornozelo durante mudanças rápidas de direção pode apresentar fraqueza nos músculos eversores, que o tornam mais suscetível a essas lesões.