"Eccentric hamstring strength deficit and poor hamstring-to-quadriceps ratio are risk factors for hamstring strain injury in football: A prospective study of 146 professional players"
Objetivos: O objetivo deste estudo foi investigar se medidas de força isocinética pré-temporada eram preditivas de futuras lesões musculares isquiotibiais (HMI) entre jogadores profissionais de futebol.
Desenho: Estudo de coorte prospectivo, Nível de evidência 2.
Métodos: Um total de 169 jogadores profissionais participaram de uma triagem de força isocinética pré-temporada, seguida por uma temporada competitiva de 10 meses. O protocolo de teste incluiu o desempenho concêntrico tanto da flexão quanto da extensão do joelho a 60 deg s−1 e 240 deg s−1 e o desempenho excêntrico do flexor do joelho a 30 deg s−1. Déficits de força, diferenças bilaterais e razões de força dos isquiotibiais para quadríceps foram calculados. Regressões logísticas univariadas e multivariadas foram usadas para identificar potenciais fatores de risco de HMI. Curvas de característica operacional do receptor (ROC) foram usadas para investigar a sensibilidade e especificidade das medidas de força.
Resultados: Quarenta e uma HMI agudas foram sofridas, e 12% (n = 5) recorreram durante o período do estudo. Na análise multivariada, foi demonstrada uma associação entre o risco de lesão e o pico de torque excêntrico dos isquiotibiais abaixo de 2.4 N m kg−1 (OR = 5.59; IC 95%, 2.20–12.92); relação H/Q concêntrica abaixo de 50.5% (OR = 3.14; IC 95%, 1.37–2.22); jogadores com lesão prévia de HMI (OR = 3.57; IC 95%, 3.13–8.62). A análise ROC exibiu uma área sob a curva (AUC) de 0.77, indicando uma sensibilidade e especificidade combinadas razoáveis do modelo de previsão geral.
Conclusões: Jogadores profissionais de futebol com força isocinética significativamente menor nos isquiotibiais, relação de força isquiotibiais para quadríceps mais baixa e uma lesão prévia de HMI foram associados a um aumento do risco de HMI aguda.