Controle autonômico cardíaco em mulheres com artrite reumatoide durante o teste de atividades diárias Glittre (EN)

"Cardiac Autonomic Control in Women with Rheumatoid Arthritis During the Glittre Activities of Daily Living Test"

Contexto: A disfunção autonômica cardiovascular é uma das complicações mais comuns na artrite reumatoide (AR), que pode ser avaliada pela análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Como o sistema nervoso autônomo desempenha um papel importante na orquestração da resposta cardiovascular a estressores, a avaliação da VFC durante o exercício é crucial. O teste Glittre Activities of Daily Living (GA-T) foi recentemente proposto como um teste de campo multitarefa que requer o desempenho dos membros superiores e inferiores, ambos afetados em indivíduos com AR.
Objetivos: Este estudo foi conduzido para avaliar o comprometimento autonômico pela VFC em mulheres com AR usando o GA-T e correlacionar essas mudanças com o funcionamento físico e a força muscular.
Métodos: Este estudo transversal incluiu 20 mulheres (mediana [intervalo interquartil]: idade 55 [47,5 - 68,8] anos) com AR (tempo desde o diagnóstico: 15 [6,50 - 23,5] anos) que foram submetidas à avaliação da VFC durante o GA-T. Elas também foram submetidas à avaliação do funcionamento físico através do Índice de Incapacidade do Questionário de Avaliação da Saúde (HAQ-DI) e medidas de força de preensão manual (FPM) e força do quadríceps (FQ).
Resultados: O tempo do GA-T exibiu correlações significativas com os seguintes índices de VFC: raiz quadrada das diferenças sucessivas (RMSSD, rs = -0,451, P = 0,041), proporção de iRR diferentes em > 50 ms dos intervalos anteriores (pNN50, rs = -0,697, P = 0,0006), alta frequência (HF, rs = -0,693, P = 0,0007), desvio padrão dos pontos perpendiculares à linha de identidade (SD1, rs = -0,476, P = 0,034) e entropia aproximada (ApEn, rs = 0,545, P = 0,013). Além disso, o HAQ-DI apresentou correlações significativas com os seguintes índices de VFC: pNN50 (rs = -0,467, P = 0,038) e HF (rs = -0,444, P = 0,049). Não observamos correlação significativa entre os índices de VFC durante o GA-T e as medidas de força muscular (FPM e FQ).
Conclusões: Em mulheres com AR, quanto mais tempo necessário para realizar o GA-T, pior foi a modulação parassimpática, o desequilíbrio simpático-vagal e a complexidade do sistema nervoso autônomo (ou seja, aumento do índice de ApEn). O nível de funcionamento físico também foi relacionado à modulação vagal.

Artigo completo em inglês